
E aí, pessoal!
Aqui é o Hotaru trazendo uma review um pouco diferente hoje, já que tive a chance de mergulhar nos dois primeiros volumes de Leviathan. Se eu pudesse resumir a experiência em poucas palavras, acho que seria algo como "angustiante" e "viciante". Porque, sério, uma vez que você começa, é quase impossível largar.
A história começa com saqueadores espaciais encontrando a nave Leviathan, que carrega uma espécie de diário escrito por um dos jovens sobreviventes. E o que se descobre nesse diário é um cenário que eu nunca pensei em ver num mangá: crianças e adolescentes, presos no espaço, sem adultos e com a certeza de que ninguém vai vir salvá-los. Cara, essa situação já deixa um nó no estômago logo de cara!
O que mais me chamou a atenção é como o autor trabalha o desespero e a solidão desses personagens. A trama não se limita ao suspense ou ao terror – ela é uma análise psicológica sobre o que a solidão e o desespero fazem com as pessoas. Em cada diálogo, você sente o peso da situação e como essa galera está beirando o limite. Não vou mentir: teve cena que me deixou com os nervos à flor da pele!

Volume 1 – (Cap. 01 ao 05)
No primeiro volume, somos apresentados ao ambiente hostil da Leviathan, e é aqui que a magia – ou melhor, o terror – começa. A arte do Shiro Kuroi é muito detalhista, com uma pegada realista que não poupa nada. Cada expressão de pânico, cada detalhe do cenário, tudo está lá pra te fazer sentir o pavor junto com os personagens. Eu senti a adrenalina de verdade em algumas cenas, e confesso que fiquei arrepiado com a forma como o autor construiu o ambiente claustrofóbico da nave.
E não é só pelo terror visual. Leviathan tem um jeito de mexer com o psicológico do leitor, de te fazer pensar “O que eu faria nessa situação?”. E, bem, as respostas não são nada bonitas. É impossível não se arrepiar com a atmosfera sufocante e, claro, o gore que aparece em cenas bem específicas.

Volume 2 – (Cap. 06 ao 10)
Agora, preciso falar do segundo volume que, olha, foi uma experiência e tanto. A capa, o cheirinho de mangá novo (eu confesso que sou obcecado com isso, acho que gosto até mais de abrir do que de ler hahaha). Mas, diferente do primeiro, o segundo volume não veio com um marcador de página. Não que isso faça muita diferença, mas eu guardaria pra coleção, sabe?
Enfim, logo na primeira página já dá pra sentir que a história não vai dar trégua. O terror psicológico é ainda mais intenso, a desconfiança entre os personagens só aumenta, e eu quase senti o coração pular pra fora em algumas cenas. É um volume cheio de adrenalina, daqueles que te fazem virar as páginas rápido demais, querendo saber o que acontece, mas com medo do que vai encontrar. E, novamente, o gore está ali, só que sempre justificado, trazendo ainda mais peso pra história.
O autor usa o espaço e o silêncio como aliados do terror – e funciona! Em alguns momentos, a situação é tão desesperadora que eu mesmo fiquei tenso só de imaginar. E as mortes... Cada uma delas foi impactante, sem medo de mostrar a realidade nua e crua da luta pela sobrevivência.

Esses dois volumes de Leviathan são, até agora, uma montanha-russa de emoções. Shiro Kuroi não está aqui pra dar descanso e, se o próximo volume seguir o ritmo, mal posso esperar pra ver o desfecho dessa história. Leviathan te puxa pra um pesadelo no espaço, mas é o tipo de pesadelo que você quer viver até o final – se tiver estômago, claro.

Queria deixar aqui um agradecimento especial para a JBC por terem enviado o volume #2 de Leviathan antes do lançamento oficial no Brasil, que será em 15 de novembro. É uma honra enorme poder conferir esse mangá incrível com antecedência e compartilhar as primeiras impressões com vocês. Muito obrigado, JBC, pela oportunidade de trazer essa experiência única para a comunidade Otaku Saver!